TECNOLOGIA E METAVERSO: ABRAINC DEBATE USO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

Por Bússola

A Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) realizou na última terça-feira, 5, a terceira edição do Fórum de Inovação e Liderança da Incorporação (Fili 2022), em São Paulo. O evento serviu para promover importantes debates sobre inovação e novas tecnologias que farão parte do mercado imobiliário e da sociedade.

Na abertura do evento, o presidente da Abrainc, Luiz França, destacou que o tamanho do público do evento era um termômetro de como o setor segue interessado em práticas cada vez mais inovadoras. O executivo ainda lembrou que o setor de incorporação segue inovando em práticas e tecnologias e hoje conta com 955 startups que atraem 14% de tudo o que é investido em novas empresas. ‘É um valor bastante expressivo: estamos falando de R$ 6 bilhões. E, as startups que foram se formando no nosso segmento tiveram capacidade de entender o mercado e trazer produtos muito importantes’, afirmou.

Setor em 2040

No primeiro painel do dia, Giovanni Cordeiro, da consultoria Deloitte, apresentou o estudo ‘Comportamento do Consumidor e Tendências para 2040’. Ele destacou que o mercado imobiliário deve se adaptar a novas tendências das futuras gerações de consumidores que, aparentemente, não estão tão preocupadas em marcas e opiniões de terceiros.

Cordeiro revelou que, além da personalização e facilidade, este novo público, que será predominantemente urbano (93% da população brasileira deve viver em cidades), vai buscar imóveis em regiões mais seguras e próximas de seu trabalho e que 44% dos interessados em imóveis devem efetuar sua compra 100% online.

Além disso, os imóveis deverão oferecer soluções adaptáveis para uma sociedade mais plural e dinâmica. ‘Ele tem que permitir conexão dos eletrônicos. A residência tem que se adaptar há um público plural e o ambiente no entorno tem que oferecer essa conveniência’, disse.

No segundo bloco do evento, Fábio Tadeu Araújo, da Brain Inteligência Estratégica, moderou um debate sobre inovação e ESG que contou com as presenças do diretor de RI e Investimentos da Cury Construtora, Ronaldo Cury; o CEO da MRV, Eduardo Fischer; o CEO da Yuny, Marcelo Yunes, e a VP da Patrimar, Patrícia Veiga.

O grupo tratou do engajamento do setor no ESG e reforçou o foco em práticas sociais. Eles ainda lembraram que a construção civil busca, no momento, ampliar novas tecnologias e inovações para dar mais eficiência e dinamismo na execução de seus produtos e serviços.

Ronaldo Cury recordou as medidas tomadas dentro da construtora e incorporadora que leva o sobrenome dele: ‘Criamos uma governança de inovação, seja em negócios futuros ou para operações presentes’, refletiu o executivo.

Na terceira parte do FILI 2022, foram realizados pitches com representantes da ZAP+ (Grupo OLX), Totvs, Sienge, STO Brasil e DocuSign.

Tecnologia

Os últimos painéis foram marcados por debates sobre tokenização e metaverso. O CEO of Arthur Mining, Raymond Nasser; o diretor de Operações Imobiliárias da B3 – Blockchain, Marcos Caielli, e o CEO da RET Capital, Rafael Ferreira, falaram sobre os benefícios de ativos imobiliários em tokens e como esta tecnologia de vanguarda pode mudar todo o setor no médio e no longo prazo.

Eles explicaram que a partir da aquisição de tokens, os brasileiros poderão ser donos de imóveis inteiros ou até mesmo pequenas frações e que isto pode facilitar não apenas investimentos, mas também se transformar em uma tendência de aquisição de casas e apartamentos para moradias no longo prazo.

Nasser, inclusive, tratou de desmistificar a vinculação total dos tokens com moedas virtuais, como o Bitcoin. ‘Não há relação entre moedas virtuais e a tokenização. Apesar do uso de blockchains na validação dos ativos, eles são coisas distintas’.

Metaverso

Ao final do evento, Fábio Tadeu Araújo, da Brain Inteligência, discorreu sobre o impacto que o Metaverso terá na sociedade atual e no comércio de produtos e serviços no futuro. Ele explicou que o mercado imobiliário não vai ficar para trás e que já há, inclusive, imóveis físicos e virtuais sendo comercializados neste novo conceito. ‘O Metaverso já é uma realidade virtual e vai fazer cada vez mais parte da nossa vida’, afirma.

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