ALTA DA SELIC NÃO DEVE ABALAR BOA FASE DO MERCADO IMOBILIÁRIO

O avanço da inflação no país fez o Copom reajustar a Selic em mais um ponto percentual, chegando aos 6,25% ao ano. Apesar da alta, o índice segue em um nível baixo na comparação com o patamar histórico – o valor é o mesmo que foi registrado no mês de agosto de 2019.

Assim, para agentes do mercado imobiliário o momento segue excelente para o investimento em imóveis. O presidente da Abrainc, Luiz França, destacou que ‘as condições para aquisição da casa própria permanecem atraentes, a contratação de crédito imobiliário continua crescendo e a elevação da Selic não vai inviabilizar os planos de quem está em busca de um imóvel’.

O aumento da Selic tende a encarecer o financiamento de imóveis, mas é preciso lembrar que a nova taxa segue oferecendo um valor final bastante convidativo se analisarmos a média histórica. Em 2016, por exemplo, o índice estava acima dos 14%. Por este motivo, o setor imobiliário acredita que o clima continuará favorável para os negócios.

É fato também que a demanda por habitação é crescente no país. Ou seja, apesar dos obstáculos, o mercado segue aquecido e cheio de oportunidades. Contudo, é preciso manter as antenas ligadas, já que a economia é dinâmica e as projeções mais recentes indicam novos aumentos da inflação.

O êxodo urbano está escalando o valor do metro quadrado no interior do Brasil. Por conta das múltiplas mudanças provocadas pela pandemia, como a adoção massiv ao home office, muitas pessoas anteciparam o plano de sair das grandes cidades. Como resultado, o preço dos imóveis dobrou em alguns municípios do interior e o estoque é o menor desde 2017.

O Google traz mais dados e chega a dizer que o brasileiro está deixando de ‘ser um turista’ em sua própria casa. Em pesquisa, 42% dos entrevistados afirmam que passaram a se sentir mais conectados com seu lar durante a pandemia e 57% afirmaram que a casa continuará como uma prioridade de investimento. Não basta ter um imóvel: é preciso se sentir em casa.

Os aluguéis mais caros do Brasil estão em São Paulo, Recife, Brasília, Rio de Janeiro e Florianópolis. As informações são referentes ao mês de agosto e foram calculadas pelo FipeZap. O levantamento também aponta que o aluguel médio no Brasil tem o valor de R$ 30,78 por metro quadrado.

Já no segmento de luxo, o valor de venda do metro quadrado chega a passar de R$ 31 mil em São Paulo. Este é o caso do bairro Itaim Bibi, segundo dados da consultoria Brain. Ou seja, nesta área, uma unidade de 70 metros quadrados chega aos R$ 2,2 milhões. Entre os primeiros do ranking em preço, também aparecem Vila Olímpia, Paraíso, Vila Nova Conceição e Jardins.

Os imóveis usados também estão em alta. Em Curitiba, as vendas estão no melhor momento dos últimos oito anos. Entre as vendas fechadas em agosto na cidade, 74% financiadas. O aumento no uso do crédito é de quase 11 pontos percentuais na comparação com agosto de 2019.

A jornada de locação tem muitas variáveis, mas algumas certezas. Quem não quer errar, deve apostar no atendimento humanizado e em uma boa experiência de acesso aos imóveis. O economista Pedro Tenório também ressalta a atenção a outros aspectos fundamentais, entre eles, qual a motivação do cliente ao buscar o imóvel e quais são os elementos mais negociáveis em seu pacote de exigências.

Falando em alugar, qual é o método que sua imobiliária usa para demonstrar imóveis aos clientes? São três os principais caminhos: por meio de visita acompanhada, apenas entregando as chaves ou por meio de uma de plataforma de apresentação virtual. E que tal deixar o cliente escolher qual a opção preferida? O Imobi conversou com a Duda Imóveis, de Santa Catarina, que adotou esta estratégia e compartilhou suas impressões conosco.

Ainda no tema locação, o Imobi Aluguel desta semana aborda as melhores práticas para a renovação de contrato de locação. O procedimento padrão é buscar a formalização de um novo vínculo, mas muitas imobiliárias preferem não renovar e deixar o contrato vigorando por prazo indeterminado. Compartilhamos as experiências das empresas com cada uma dessas possibilidades, inclusive para situações específicas, como o imóvel com garantia por fiador ou quando o inquilino está com dificuldade para pagar. Clique aqui para conhecer e assinar o Imobi Aluguel, série semanal do Imobi Report inteiramente dedicada à locação.

Outro produto relevante da rotina imobiliária é o seguro, porém, muitas vezes, este produto não está dentro de um fluxo integrado entre as partes interessadas. Aproximar imobiliárias de seguradoras é o objetivo da Seg Imob, plataforma criada por Silvano Zan Tucci em 2014. Em entrevista ao Imobi Report, ele falou mais sobre sua trajetória e as facilidades oferecidas pelo seu negócio, que já atende mais de 3 mil imobiliárias pelo Brasil.

O Indicador Abrainc-Fipe do 2° trimestre de 2021 aponta uma alta de 84,8% nos lançamentos imobiliários, quando comparado ao mesmo período do último ano. O segmento de Médio e Alto Padrão (MAP) registrou um crescimento expressivo e teve aumento de 978,5% nos lançamentos no 2º tri, comparado aos mesmos meses de 2020. Ainda, os empreendimentos enquadrados no programa Casa Verde e Amarela respondem pela maior parte dos imóveis lançados (75,7%) e comercializados (82,7%) nos últimos 12 meses.

Falando em lançamentos, esse será o tema da nova edição do Imobi Experts, evento promovido pelo Imobi Report. Na sua terceira e última edição de 2021, o Imobi Experts Lançamentos Imobiliários acontecerá nos dias 17 e 18 de novembro e trará grandes líderes do mercado para discutir o mercado de incorporação, do croqui ao plantão de vendas. Assim como nas últimas edições, o primeiro dia é gratuito. Já o segundo dia, com conteúdos exclusivos e role plays de atendimentos reais, está com inscrições abertas para o primeiro lote com desconto especial. Não perca!

No Imobi Report, entrevistamos incorporadoras para saber quais são as demandas dos consumidores para áreas comuns e quais ambientes não podem ficar de fora na hora de desenvolver um novo empreendimento. Trazemos entrevistas com a Scire, incorporadora de imóveis econômicos e de entrada em Santa Catarina; Carvalho Hosken, que atua com bairros planejados de alto padrão no Rio de Janeiro; Construtora Danpris, especializada em CVA em São Paulo; e Construtora Capital, que atua com empreendimentos alto padrão no Amazonas. Entre os entrevistados, todos concordam que a definição de áreas comuns em um empreendimento pode ser um dos fatores decisivos para o seu sucesso e que, independente do orçamento, as pessoas buscam bem-estar.

Ainda sobre áreas comuns, o altíssimo padrão mergulha nas tendências de saúde e busca pela prática de esportes para agregar valor aos seus empreendimentos. Na Folha de S. Paulo, reportagem dá mais detalhes sobre a Praia da Grama, nome da piscina de ondas de dentro do empreendimento Fazenda da Grama, no interior de São Paulo. Menos da metade do público do condomínio é surfista, mas a praia particular atrai clientes e curiosos.

A construtora Plano & Plano informou os planos de crescer fora do segmento Casa Verde a Amarela e apostar na faixa de renda média. A incorporadora continuará no segmento de baixa renda, mas pretende aproveitar a forte demanda da classe média.

No mesmo caminho, a Vivaz, marca da Cyrela para consumidores de renda média e baixa, está apostando em uma linha ‘prime’ e deve deixar de atuar exclusivamente dentro do CVA. Com a nova linha, o objetivo é lançar empreendimentos com unidades de até R$ 500 mil.

Na Exame, executivos da Yuny comentam como a incorporadora adiou os planos do IPO, mas mantém a previsão de lançamentos para 2021. A empresa também tem uma marca dedicada a projetos do CVA e deve continuar apostando na média e alta renda, que representa 80% das vendas. “Ao contrário de outras construtoras que concentraram a maior parte dos lançamentos no Casa Verde e Amarela, nós temos uma parcela pequena dos lançamentos focada nesse perfil, por isso não sentimos tanto a pressão de custo e dos repasses”, comenta Marcos Yunes, fundador da Yun

Qual o futuro dos portais imobiliários? É a pergunta que mais ouvimos nos últimos dias, após a crise de relações públicas do ZAP Imóveis. A resposta não vem fácil: é precipitado falar em um súbito fim, mas sabemos que as dinâmicas entre portais, imobiliárias e corretores vêm mudando nos últimos meses. O Imobi Report buscou ouvir profissionais do mercado imobiliário de várias regiões do país que compartilham conosco a sua opinião sobre o assunto.

A CredPago lançou um projeto piloto de crédito imobiliário com 140 imobiliárias do Brasil. O objetivo é compartilhar o produto de facilitação ao crédito da Loft Cred e da CrediHome para clientes finais destas imobiliárias. Essa é a primeira iniciativa que junta produtos das três marcas, que fazem parte da Loft. O objetivo é que, em um segundo momento, essa rede de distribuição abranja as mais de 16 mil imobiliárias parceiras da CredPago.

O ConectaLead, startup curitibana recém adquirida pela CUPOLA, anunciou uma parceria com a Woliver, plataforma de desburocratização do mercado imobiliário. A parceria busca apoiar o avanço na digitalização das imobiliárias e facilitar a integração de leads.

Até a cantora pop Demi Lovato está investindo no mercado imobiliário: ao lado de investidores como a SoftBank, ela integrou um aporte na startup americana June Homes. A proptech funciona como um portal de locação que visa baixar os valores exacerbados de aluguel pelos Estados Unidos e deixar o processo mais fácil e flexível. A startup define valores através de inteligência artificial, oferece jornada 100% digital, promete que o inquilino pode escolher um imóvel e se mudar em 3 horas e, além disso, intermedia o pagamento do aluguel mensal pela plataforma, cobrando uma taxa dos proprietários

Em Berlim, a escalada dos aluguéis está fazendo a população apoiar uma proposta de expropriação dos imóveis. Caso seja aprovada, a medida transfere cerca de 200 mil unidades da mão de grandes empresas para o governo. A maioria (56%) da população apoia a medida, com o entendimento de que o poder público é mais capaz de regular os preços do que o setor privado. Em 2020, a cidade havia aprovado um teto para os aluguéis na tentativa de controlar a disparada de preços, mas a medida foi considerada inconstitucional e derrubada em abril deste ano.

Na China, o caso Evergrande segue rendendo novos capítulos diariamente. Na semana passada, as bolsas da Ásia fecharam com reações mistas, o que reforça a incerteza do momento. O governo chinês injetou mais de 15 bilhões de dólares no sistema financeiro do país, no que é visto como uma maneira de proteger o país dos impactos de uma possível falência da Evergrande.

Os bancos da China correm para assimilar as possíveis perdas, enquanto 1,5 milhão de famílias que compraram casas com a Evergrande esperam que, no caso de quebra, o socorro venha do poder público. Mas, de acordo com fontes ouvidas pelo Wall Street Journal, o governo chinês já alertou as autoridades para se prepararem para uma eventual quebra da empresa. Isso pode indicar que o resgate da Evergrande não está nos planos.

O calote pode significar um efeito cascata de inadimplências, como já falamos na última semana. É nisto que está o medo do mercado global: uma contaminação da economia do planeta. Porém, na opinião de especialistas, o alcance desta quebra não deve chegar ao mesmo nível do caso Lehman Brothers, estopim da crise de 2008.

Para vender uma casa assombrada toda estratégia é válida, inclusive garantir que os fantasmas locais estão incluídos no pacote. É o que propõem vendedores do imóvel que foi a inspiração para a franquia de terror Invocação do Mal. Localizada em Rhode Island, a casa está à venda por 1,2 milhão de dólares, mas com uma condição: os proprietários atuais querem que os novos donos mantenham o imóvel aberto para visitas de investigações paranormais.

Fala-se muito sobre a permanência do trabalho remoto mesmo com o fim da pandemia. Mas uma reportagem da Forbes traz um questionamento: o que a compra de um prédio de US$ 2 bilhões pelo Google diz sobre o futuro do home office? Na matéria, são listadas outras grandes empresas de tecnologia que investiram em novos escritórios nos últimos meses. Muitas afirmam que esses espaços serão como QGs, mas que a dinâmica do trabalho será híbrida.

Na última semana, o novo prédio residencial mais alto de São Paulo foi inaugurado, o Figueira Altos do Tatuapé. A Folha de S. Paulo traz reportagem que discute os impactos de prédios enormes na capital paulista. Por um lado, alguns entrevistados defendem que São Paulo não tem prédios tão grandes assim, especialmente comparada a outras grandes metrópoles. Do outro, especialistas discutem os impactos arquitetônicos nos bairros e se projetos altos, mas com baixa densidade populacional, compensam para a cidade.

Elisa Tawil, colunista do Imobi Report, lançou seu primeiro livro. Em ‘Proprietárias’, ela chama a atenção para um assunto crucial quando se trata de equidade de gênero: a conquista da independência da mulher através do setor imobiliário.

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